BEM VINDO À ASSOCIAÇÃO NOVA ESPERANÇA

BEM VINDO À NOVA ESPERANÇA

A "Associação de Leigos Nova Esperança" é uma expressão pastoral da Paróquia da Baixa da Banheira. A força de acção que lhe dá vida é totalmente voluntária. Os seus elementos, de diferentes faixas etárias, com variadas categorias profissionais, completam o puzzle do "amor ao próximo" no encontro com múltiplas situações sociais, de dor humana, marginalidade, pobreza, desemprego, toxicodependência, de falta de habitação e de bens essenciais à vida.
O encontro dos elementos desta Associação com aqueles que nos batem à porta, acontece num clima de vida, de uma nova esperança, de dignidade, tendo como pano de fundo o olhar terno e meigo de Deus.


CARTA DO BISPO DE SETÚBAL AOS SACERDOTES, DIÁCONOS, RELIGIOSAS/OS E FIÉIS LEIGOS.


Caros irmãos em Jesus Cristo.          
            No início de um novo ano pastoral, é com alegria e esperança que me dirijo a todos vós.
           Venho falar-vos do nosso projecto pastoral para o presente ano, que continua o programa do triénio 2010-2013: ”Igreja de Setúbal, educa a fé de teus filhos – Oferecer uma iniciação cristã e atractiva”. É um programa ambicioso.
            Alegra-me o facto de ter vindo a aumentar, entre nós, o número de jovens e adultos que pedem o Baptismo e o Crisma. Não podemos, porém, ficar apenas a aguardar que venham ter connosco e acolhê-los bem. Como escrevi em 2001 na Exortação «Setúbal, convoco-te para a missão» “. Entre nós há imensa gente à espera de alguém que a conduza a Cristo, porque está cansada de viver, porque se põe mil perguntas, porque perdeu a esperança” (Nº 5). Há muitos baptizados que nunca fizeram a experiência do amor de Jesus ou que nunca fizeram uma catequese sistemática sobre os quatro pilares da fé cristã: o Credo, os Mandamentos, os Sacramentos e a oração do Pai Nosso, ou que não receberam o sacramento do Crisma. Temos de ir ter com essa gente boa que vive entre nós e a quem Deus quer introduzir no Seu amor e na Sua alegria.
           Além disso “Quem se abriu ao amor de Deus, acolheu a sua voz e recebeu a sua luz, não pode guardar este dom para si mesmo” – escreve o Papa Francisco na encíclica “A Luz da Fé” (nº 37). Seria imperdoável manter escondido o tesouro da fé. Pelo contrário, crentes em Deus que é Amor, comuniquemos o Amor de Deus recebido. A evangelização é um acto de amor. É mesmo o melhor dom para oferecer a alguém, porque o homem sem amor de Deus é pobre, muito pobre.
            Que devemos fazer, então, caros irmãos, para anunciar o tesouro da fé cristã?
           “Iniciar” (ou “educar”) na fé – além da recepção do Baptismo, do Crisma e da Eucaristia – implica antes de mais a descoberta e o acolhimento, na comunhão da Igreja, de Jesus como filho de Deus que o Pai nos envia; implica ainda que se ajude aquele-que-começa-a-amar-Jesus a ser apoiado e acompanhado na obtenção da fé esclarecida, vivida, celebrada e testemunhada. Para tal é preciso criar nas comunidades a consciência da necessidade duma iniciação cristã de qualidade e preparar em cada paróquia pessoas e instrumentos capazes desta iniciação.

            Estejamos atentos, de modo especial, à necessidade de:
          +Sensibilizar os adultos não crismados para o desejo de receber o Crisma e de fazer a preparação própria para acolher o dom do Espírito Santo que faz crescer a fé e a fortaleza nas provações e a participação entusiasta na vida e na missão da Igreja;
        +Envolver os pais na educação cristã dos filhos logo nos primeiros anos de vida – e depois, na catequese – ajudando-os a descobrir o Amor de Deus de modo especial no mistério maravilhoso da paternidade e da maternidade.

            Caros diocesanos, conto com cada um de vós para convidar alguém para ser crismado; para ajudar algum adulto a crescer na fé através duma boa formação de adultos; para ajudar alguns pais a inscrever os filhos na catequese e a envolver-se na nobre missão de lhes transmitir o tesouro da fé. E, independentemente do que ides fazer, peço que cada um de vós comece desde já a rezar o terço ou ao menos um mistério por estas intenções, até ao fim do ano. Pode ser?
            Contai com a minha oração para vos deixardes cativar pelo amor de Jesus pois que só quem está cativado pelo Seu amor será capaz de ajudar os outros a acolher o amor de Jesus Cristo.

20/10/2013

+Gilberto, Bispo de Setúbal

1 comentário:

Serafim Falcão disse...

Lisboa, 19 de Novembro de 2013
Li com atenção a carta do Senhor Bispo de Setúbal que me sugeriu a seguinte reflexão:
1- É oportuna no início do novo ano pastoral-
2- O assunto, o tema é o “nosso projecto pastoral iniciado em 2013: “Igreja de Setúbal, educaca….
3- A análise do trajecto já percorrido resumiu-se: 3.1- O aumento do número de jovens e adolescentes que pedem o baptismo.
Parece-me, no entanto que tal se deve não tanto ao “ide e anunciai”, mas mais ao “ aguardar “e esperar que venham- “não podemos porém ficar apenas a aguardar que venham ter connosco e acolhê-los bem”. Daí a confirmação já feita em 2011. 3.2- a) Entre nós há imensa gente à espera de alguém que a conduza a Cristo; b) “Há muitos baptizados que nunca fizeram a experiência do amor de Jesus ou que nunca fizeram uma catequese sistemática.
4- O imperativo pastoral: “Temos de ir ter com essa gente….” 4.1- Por quê? A)- “quem …. não pode guardar esse dom para si mesmo”
5- A pergunta conclusiva da análise: o imperativo de consciência: “Que devemos fazer então”?
Aqui esperava um plano concretamente delineado, comum a toda a diocese para cada pároco, na sua paróquia ou de preferência em colaboração com os colegas mais próximos pudesse adaptar e concretizar, com:
1 – acções a curto, médio e longo prazo.
2 – Intervenientes: Bispo, padres, religiosa(o)s, leigos…. O bispo seria o primeiro a mentalizar, animar, instruir, ensinar, esclarecer, ….a preparar os seus padres e colaboradores para esse grande plano.
3 – locais: igreja, salões, capelas…(penso que é preciso dinamizar as capelas, geralmente fechadas e dar-lhes vida criando à sua volta pequenas comunidades bíblicas, de estudo, de reflexão, orantes, de apostolado, de encontro com o seu pároco….)
4 – Tempo: curto, médio, longo prazo.
5 – Avaliação : ao longo do percurso e, sobretudo, no fim do ano pastoral.
Deparei-me, todavia, apenas: 1 com conselhos, esclarecimentos doutrinários vagos e debatidos no” iniciar” ou educar na fé. 2 meras e vagas intenções, desejos, votos, expresso pelo infinitos verbais: “criar comunidades”; “sensibilizar”, “envolver”, “preparar em cada paróquia: serão os objectivos, mas falta a estrutura, o plano para os atingir no fim do ano pastoral, que deverão ser também diocesanos e não ficarem ao critério pessoal de cada pároco, sem contudo pôr de parte a sua sensibilidade, iniciática e criatividade, pessoal ou em grupo.
Em conclusão: Houve o tema, a análise da situação, o desafio “que fazer” mas não houve um plano diocesano a concretizar a nível diocesano , paroquial e a nível de proximidade dos presbíteros.
Transpareceu-me que a principal preocupação do Bispo são os baptismos e os crismas (4vezes referidos).
Quantos párocos reuniram o seu povo para explicar a carta e apresentar concretamente o seu plano inspirado na mesma?
Os cristão falam, comentam sugerem, criticam mesmo, a carta?
Será por isso que ela se encontra, em resmas ao fundo das igrejas?
Serafim Falcão
s.m.falcao@gmail.com
966230351/ ou fixo:309958267