BEM VINDO À ASSOCIAÇÃO NOVA ESPERANÇA

BEM VINDO À NOVA ESPERANÇA

A "Associação de Leigos Nova Esperança" é uma expressão pastoral da Paróquia da Baixa da Banheira. A força de acção que lhe dá vida é totalmente voluntária. Os seus elementos, de diferentes faixas etárias, com variadas categorias profissionais, completam o puzzle do "amor ao próximo" no encontro com múltiplas situações sociais, de dor humana, marginalidade, pobreza, desemprego, toxicodependência, de falta de habitação e de bens essenciais à vida.
O encontro dos elementos desta Associação com aqueles que nos batem à porta, acontece num clima de vida, de uma nova esperança, de dignidade, tendo como pano de fundo o olhar terno e meigo de Deus.


MARCHA CONTRA A FOME ANGARIOU 43 MIL EUROS

Cerca de 3.500 pessoas participaram este domingo na Marcha contra a Fome em Lisboa, que angariou 43 mil euros para ajudar a erradicar a fome nos países mais pobres. Este ano, pela primeira vez, os portugueses também serão apoiados, escreve a Lusa.

Lisboa e Porto foram as cidades escolhidas para a sétima edição da marcha «Walk the World», uma iniciativa que se realiza em 58 países e foi criada para ajudar a atingir um dos objectivos da Campanha do Milénio da Organização das Nações Unidas: erradicar a fome e a pobreza extrema no mundo até 2015.

«A quase totalidade das receitas é canalizada para o Programa Alimentar das Nações Unidas. Mas, como a situação no nosso país está mais sensível, conseguimos que 25 por cento das receitas da marcha fossem destinadas a projectos locais», contou à Lusa Carlos Courelas, responsável pelo evento que começou esta manhã em Lisboa, junto à Torre de Belém.

O dinheiro conseguido será entregue à Cáritas Portuguesa, que trabalha no terreno com as famílias mais carenciadas. 

José Manuel Cordeiro, da direcção nacional da instituição religiosa, sublinhou a importância desta ajuda para uma organização que no ano passado viu «aumentar os pedidos de ajuda em 40 por cento».

«Existem situações muito graves de pobreza e a fome é um dos problemas que a Cáritas faz questão de combater», disse José Manuel Cordeiro, sublinhando que a organização tem projectos direccionados para as crianças, assim como uma preocupação especial com o fenómeno da «fome escondida». 

Foi precisamente o problema da fome «envergonhada» que levou Maria Emília Jorge, 64 anos, e Maria Gabriel, 61, a participar na marcha, que terminou por volta da hora do almoço na Pala das Docas.

«Se todos dermos um bocadinho de nós podemos aliviar este problema: hoje há muita fome encoberta», lamentou Maria Emília Jorge.

Mesmo ao lado, uma família e amigos sublinhavam a importância de «olhar pelas outras pessoas, mesmo as desconhecidas», até porque «ninguém sabe o dia de amanhã», resumiu Sónia Justo, 36 anos.

As estimativas do ano passado apontam para a existência de cerca de 500 mil portugueses com carências alimentares. A estes juntam-se ainda os inúmeros casos que são desconhecidos, de famílias que nos últimos tempos perderam tudo. 

Mas, olhando para além da fronteira nacional, a situação é ainda mais preocupante: «Não estamos a falar de realidades sequer semelhantes. Este dinheiro vai ajudar principalmente quem nada tem, ou seja, quem não tem sequer acesso a alimentos», sublinhou Carlos Courelas, referindo-se aos 75 por cento das receitas conseguidas com a iniciativa, que vão seguir para o Programa Alimentar das Nações Unidas.


TVI 24

CAMPANHA BA - MAIO 2011

No último fim de semana deste mês de Maio, dias 28 e 29, irá realizar-se mais uma campanha de recolha de alimentos junto dos hipermercados e supermercados, em favor do Banco Alimentar contra a Fome. O grupo "Nova Esperança" irá colaborar, como sempre, na recolha dos géneros alimenticios, junto dos supermercados Mini Preço e Lidl da Baixa da Banheira. Com esta crise que atravessamos, sejamos ainda mais generosos nas nossas dádivas, para que as famílias carenciadas possam matar a fome.
Desejamos a todos os voluntários envolvidos nesta campanha, boa sorte, que tudo corra pelo melhor e que Deus nos ajude.

CADA VEZ MAIS MULHERES SE PROSTITUEM PARA SUSTENTAR OS FILHOS

Cada vez mais mulheres recorrem à prostituição para conseguir sustentar os filhos. Desempregadas ou com trabalhos mal pagos, aceitam vender o corpo para manter a vida que tinham antes de o companheiro as abandonar.

As técnicas da Associação «O Ninho» aperceberam-se, a partir de 2009, que começavam a aparecer nas ruas de Lisboa novas mulheres, com histórias de vida semelhantes: mães sozinhas, inteiramente responsáveis pelo sustento do lar.

«São mulheres de todas as idades que se prostituem para pagar as contas», contou à Lusa Inês Fontinha, presidente daquela instituição, que trabalha com prostitutas há cerca de 40 anos.

Algumas estavam sem trabalho, outras tinham empregos precários e mal pagos, que deixaram de ser suficientes no momento em que o companheiro as abandonou e deixou de ajudar financeiramente a família. Com baixas habilitações literárias, a prostituição surgia como uma solução «temporária».

«Estas mulheres só o fazem para resolver um problema do momento, porque a ideia é abandonar aquela vida. Mas não é fácil porque muitas vezes não encontram alternativas. Nos últimos tempos, temos tido várias mulheres que recorrem a nós pedindo-nos ajuda porque não querem continuar», lembrou.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2010 havia mais de 346 mil famílias em Portugal com apenas um progenitor e, segundo a socióloga Karin Wall, as famílias monoparentais «são as mais vulneráveis à situação de pobreza». 

A investigadora lembrou ainda o facto de «as mães com filhos, que representam mais de 300 mil famílias, serem mais vulneráveis que os pais sozinhos com filhos».

Parte dessa fragilidade advém do facto de as mulheres continuarem a ser discriminadas no trabalho: ganham menos que os homens, têm profissões mais desclassificadas e «em épocas de crise as situações de discriminação tendem a agravar-se», lamentou Manuela Goias, da União das Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), sublinhando que «a pobreza tem um rosto feminino».

«O desemprego cria situações muito graves e há cada vez mais mulheres que passam a recorrer à prostituição para ajudar a família. Vivem em grande sofrimento», acrescentou Maria Teresa Costa Macedo, presidente da Confederação Nacional das Famílias.

Quando os homens saem de casa, a situação complica-se, principalmente quando eles deixam de ajudar a família. E os casos de falta de assistência paterna têm vindo a aumentar, havendo cada vez mais mães a recorrer ao Fundo de Garantia, um apoio financeiro criado pelo Governo para substituir os pais que não pagam as pensões de alimentos.

«As mulheres estão desesperadas. Aqui há uns anos pediam ajuda à família, mas hoje nem a família pode ajudar», sublinhou Inês Fontinha, lembrando que estas mulheres vivem entre o medo de ter como cliente um vizinho do bairro ou de serem rejeitadas por um filho que descobre o que andam a fazer.


TVI 24

HÁ MAIS PESSOAS A ROUBAR COMIDA

A PSP registou no primeiro trimestre deste ano um aumento de furtos de bens alimentares em supermercados do concelho de Sintra, com maior incidência nos grandes centros urbanos, escreve a Lusa.
Segundo uma nota da Direcção Nacional da PSP enviada à Lusa, esta autoridade policial explica que se está a verificar «cada vez mais o furto de bens alimentares em detrimento de outros produtos que tradicionalmente eram mais visados» como bebidas alcoólicas, produtos de estética e perfumes.

Em ano de crise e apesar destes dados, a PSP garante que não se tem verificado qualquer aumento do número de furtos em estabelecimentos, registando até uma descida superior a vinte por cento relativamente a 2010.

A maior incidência de furtos em supermercados ocorre nos grandes centros urbanos como as quatro freguesias da cidade de Queluz (Queluz, Belas, Massamá e Monte Abraão), em Rio de Mouro e em Algueirão-Mem Martins, a freguesia mais populosa da Europa, onde residem mais de 120 mil habitantes.

Fonte da PSP de Sintra explicou à Lusa que ainda é cedo para afirmar se existe uma relação entre estes registos e o aumento das dificuldades dos portugueses, face à crise económico-financeira que afecta o país.

Estes furtos abrangem pessoas de todas as idades, desde os jovens, às pessoas de meia-idade e aos idosos. Recordo-me de um caso de uma senhora de mais de 60 anos que tentou furtar uma lata de comida cujo preço não atingia os quatro euros», disse a fonte.